Uma vez que a cantora chegou ao alter ego CAJU sendo um dos melhores nomes da geração
Está chegando a hora de saber “CAJU“, o segundo disco solo da cantora Liniker.
Previsto para chegar ao streaming amanhã (19), a obra reafirma o compromisso da artista com a música brasileira em um projeto que dá perenidade à narrativa iniciada em “Índigo Mariposa Anil” (2021), premiado álbum que lhe garantiu um troféu no Grammy Latino, em 2023.
Agora, se junta a um time estrelar de amigos que incluem Lulu Santos, Pabllo Vittar, BaianaSystem e AnaVitoria, entre outros, para imaginar 14 faixas que só fazem expandir sua trova.
Antes de responder à pergunta “Quem é Caju?”, o Papelpop propõe outro duelo: revisitar pontos altos de sua trajetória que foram construindo a persona artística que tanto amamos.
Inferior, você faz um esquenta para a estreia relembrando grandes momentos da trajetória de LiLi, uma voz potente para as comunidades queer e preta do Brasil.
Vamos embarcar nessa viagem?
A estreia
Liniker surgiu em 2015 sendo confundida com o cantor Yantó — que também se labareda Lineker nos documentos. Era só uma letrinha que separava o nome das artistas e gerava confusão entre o público, detalhes que não prevaleceram já que sua voz foi rapidamente cravada no imaginário coletivo.
Com “Zero” e “Louise du Brèsil”, a artista mostrou a que veio e firmou uma importante parceria com a orquestra Caramelows, de quem falaremos a seguir. Um debut para ninguém colocar defeito!
Caramelows
A orquestra já mencionada fez segmento de um importante capítulo da história de Liniker. Foram dois discos lançados em colaboração e um sem término de shows pelo Brasil e o mundo, que pouco a pouco lapidaram sua sonoridade.
Posteriormente encontra tônica em “Remonta” (2016), o seguinte “Goela Inferior” chegou em 2019 em meio a gravações realizadas na estrada, enquanto a trupe passava por países uma vez que Alemanha e Portugal. Solar, o registro assume nas palavras da própria uma núcleo “feminina, transgressora e libertária” que deixaria tanto um gostinho de quero mais quanto a porta ocasião para uma curso solo digna de grandes feitos.
“Flutua”
As colaborações feitas por Liniker são várias e, porque não, também incomparáveis. Além de trovar com Firmamento, Elza Soares, Gaby Amarantos, Péricles, Mahmundi e Fransciso el Hombre, a artista entregou vocais ao lado de Johnny Hooker na fita “Flutua”.
Com um clipe lançado na noite de Natal do ano de 2017, a música se transformou em um hino de resistência LGBTQIAPN+, capaz de reposicionar a artista muito além da representatividade trans. Com sua voz potente, ela firmou cá um compromisso com a sensibilidade, um pouco que nos permite amar e ser amados.
Estreia solo
Um ano posteriormente a rescisão do grupo Liniker e os Caramelows, chegou às plataformas de streaming o LP “Indigo Mariposa Anil”, em setembro de 2021. Já mencionado no início deste texto, a obra trouxe colaborações com Milton Promanação e Tássia Reis, além de apresentar um som mais maduro da cantora e compositora.
Com “Baby 95” e “Psiu” no repertório, o projeto lhe abriu portas e ainda permitiu que se explorassem sonoridades. Estas vão do samba ao rock, passando ainda pelo hip hop e jazz. Trata-se de uma ode às origens, à família e também a quem ela vinha se tornando. Os prêmios, a partir de portanto, foram unicamente uma consequência.
Grammy Latino
Em 2022, Liniker se tornou a primeira mulher transexual brasileira a vencer o Grammy Latino, o principal prêmio de música do continente. O troféu foi facultado na categoria Melhor Álbum de Música Popular Brasileira, contemplando o referido “Índigo Borbolera Anil”.
“Sou uma cantora, compositora, atriz brasileira. Hoje um pouco histórico acontece na história do meu país. É a primeira vez que uma artista transgênero ganha um Grammy”, afirmou à ocasião, emocionada e ovacionada. “Muito obrigada a toda minha equipe que esteve comigo desde o prelúdios, sonhando junto comigo. Estou muito feliz”. Não poderia ter sido dissemelhante!
“Manhãs de Setembro”
Além de cantora, Liniker se destacou uma vez que atriz ao admitir um invitação para estrelar a série “Manhãs de Setembro“. Na trama, ela interpreta Cassandra, uma mulher transgênero que conquista sua independência e sonha em ser cantora. Sua vida vira de cabeça para ordinário quando descobre que tem um fruto.
Na segunda temporada, a sensação de descontrole se aprofunda e a protagonista vive apertos econômicos e turbulências com Ivaldo, enquanto se aproxima de Ruth, companheira do pai Lourenço (o fruto!). Densa e delicada, a produção tem ainda no elenco Karine Teles e é imperdível. Está disponível no Prime Video!
Prestígio e imortalidade na Liceu Brasileira de Cultura
Liniker, nomeada IMORTAL pela liceu brasileira de Cultura, ocupando a cadeira 51 que foi ocupada pela grande Elza Soares. Que emoção!
Através de @seremosresisten foto.twitter.com/jwj4SXNlP7—Jonas Di Andrade (@jonasdiandrade) 15 de novembro de 2023
Em novembro de 2023, Liniker se tornou a primeira pessoa trans imortal pela Liceu Brasileira de Cultura. Hoje, ela ocupa a cadeira de número 51, que antes era de Elza Soares. Durante a cerimônia, realizada no Rio de Janeiro, ela foi às lágrimas e destacou a relevância de ocupar um lugar uma vez que tal.
“Estar em pé no Brasil, sendo uma travesti preta, é muito difícil. Ser a primeira vez que uma travesti é empossada na Liceu Brasileira de Cultura é muito importante e é fundamental pra cultura do nosso país, que abre esse planta de pluralidade e superioridade”, afirmou. Todos os aplausos para ela, que merece!
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Agora, é hora de trilhar novos voos musicais. “CAJU”, o segundo disco solo da artista, chegará às 21h do dia 19 de agosto. Até agora, conhecemos a sonoridade de “TUDO”, single que mistura afrobeats à sons nacionais.
em potuguês BR
Esse item é uma releitura de:www.papelpop.com
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