Pipas: SP registra aumento de 139% nos atendimentos ambulatoriais por acidentes
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) alerta para o risco do cerol utilizado nas pipas, que põe em risco principalmente motoqueiros, ciclistas e pedestres. O artefato, feito de cola e vidro moído, é praticamente invisível a olho nu e pode fomentar ferimentos e cortes profundos, resultando até mesmo em mortes.
No estado, entre janeiro e maio de 2023, foram registrados 555 atendimentos ambulatoriais por objetos cortantes. No mesmo período deste ano, o número aumentou para 1.326, representando um desenvolvimento de 139%.
O risco costuma atingir também as crianças, que por vezes estão expostas brincando na rua e podem não perceber a risco, ou ao identificar uma pipa enroscada em rede elétrica, podem tentar se aproximar para retirá-la causando lesões por queimadura elétrica.
De entendimento com o coordenador da equipe de cirurgia universal do Hospital Universal de Guarulhos (HGG), Eduardo Benedetti, o período de férias escolares requer maior atenção e orientação de pais, alertando sobre a não utilização desses artefatos, visando evitar tais incidentes.
Para motoqueiros, quando atingidos pelo cerol, com influência da velocidade do vento e do deslocamento, o ferimento pode ser ainda mais grave e profundo. São inúmeros os riscos, porquê hemorragia, ao lesionar vasos importantes; insuficiência respiratória aguda, ao lesionar a traqueia; e fanatismo, quando ocorre o traumatismo ocular.
O perito também alerta para demais ferimentos nas regiões cervicais e em outras partes do corpo. “Pode possuir mutilações, amputações, além de lesões vasculares, levando inclusive ao óbito”, afirma.
Tão perigosa quanto o cerol, é a risco chilena, também utilizada erroneamente para soltar pipas. O artefato leva à sua constituição óxido de alumínio e pó de quartzo, substâncias altamente cortantes. A prática, além de trazer o risco de cortes profundos, pode induzir choques, curto-circuitos e danificar a fiação se entrar em contato com redes elétricas.
Vale ressaltar que o cerol e demais linhas cortantes são proibidas no estado conforme a Lei 17.201/2019 que proíbe o uso, a fabricação e a comercialização do resultado. A lei visa proteger a população e evitar acidentes.
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