Ideb 2023:Ceará tem melhor rede pública do país no Fundamental e 3ª melhor nota no Médio

14 de agosto de 2024 - 16h31

Rede pública estadual obteve 4,6, superando a média vernáculo (4,1) no Ensino Médio tradicional e Médio integrado à Ensino Profissional

No Índice de Desenvolvimento da Ensino Básica (Ideb) de 2023, divulgado nesta quarta-feira (14) pelo MEC, o Ceará consolidou os excelentes resultados no Ensino Fundamental, conquistando o melhor resultado do Brasil nos anos iniciais (1º ao 5º ano) e nos anos finais (6º ao 9º ano), considerando exclusivamente a rede pública de ensino. Outrossim, a rede estadual registra o terceiro melhor índice do Brasil na avaliação de Ensino Médio tradicional e Médio integrado à Ensino Profissional.

Os dados foram apresentados pelo ministro da Ensino, Camilo Santana, pelo presidente do Instituto Pátrio de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios, e pelo diretor de Estatística do Inep, Carlos Trigueiro. O governador do Ceará, Elmano de Freitas, comentou os resultados do estado nesta edição do Ideb.

“Temos muito orgulho desses resultados do estado do Ceará. Sempre avançando, sempre melhorando, com a parceria do presidente Lula e do ministro Camilo Santana. Agradeço à secretária Eliana Estrela, todos os gestores escolares, professores, pais e alunos pelo interesse. Isso é um orgulho para nosso povo termos a qualidade do ensino que temos em nosso Ceará”, citou Elmano.

O recorte do Ideb voltado para as redes municipais do Ceará, que atuam em regime de colaboração com a gestão estadual, aponta 6,5 para os anos iniciais, ocupando o primeiro lugar, ao lado do Paraná. O número está supra da média vernáculo (6) e supra das duas edições anteriores do Índice (2021 e 2019).

Para os anos finais, o Ideb também tem o Ceará na ponta, com os mesmos 5,4 de Goiás e Paraná, superando os índices dos anos anteriores e o vernáculo atual (5).

Criado em 2007, o Ideb é um indicador sintético que relaciona as taxas de aprovação escolar, obtidas no Recenseamento Escolar, com as médias de desempenho em Língua Portuguesa e Matemática dos estudantes no Sistema de Avaliação da Ensino Básica (Saeb).

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A estudo desses dados, segundo o ministro Camilo Santana, permite que gestores aprimorem as políticas públicas de ensino. “O Ideb é o mais importante indicador da ensino básica do nosso país. Não há nenhuma política que tenha triunfo sem ter meta, objetivo, planejamento e estratégia”.

Aprendizagem na idade certa

Analisando as duas etapas do Ensino Fundamental, o Ceará tem o melhor resultado da Região Nordeste no Ideb. Isso demonstra o compromisso firmado entre Estado e municípios cearenses para prometer chegada à ensino de qualidade e suporte à trajetória escolar dos estudantes. Esse compromisso é fortalecido por meio do Programa Aprendizagem na Idade Certa, atualmente Paic Integral.

Por meio do Programa, as redes municipais recebem suporte do Governo do Ceará, por meio de suporte pedagógico, material estruturado, suporte à gestão escolar e sistema de avaliação, de forma a prometer ferramentas para melhoria contínua da aprendizagem nas primeiras fases da Ensino Básica.

Ensino Médio

Quando avaliados o Ensino Médio tradicional e o Ensino Médio integrado à Ensino Profissional, o Ceará tem o terceiro melhor Ideb, com 4,6, junto com Pernambuco. Espírito Santo e Goiás lideram (4,8), e Paraná está na segunda posição (4,7). A média do Brasil foi (4,1).

Sobre a inclusão desse recorte que evidencia o ensino profissionalizante no País, Camilo Santana explicou que é um reconhecimento ao esforço dos estados que buscam ampliar a rede de Ensino Médio de Ensino Profissional. “Os estados que fizeram esse esforço, que faz segmento da rede do Ensino Médio, portanto não justifica não contabilizar na avaliação. Mas, porquê a série histórica não considera separado, a gente vai discutir, pactuar, com as redes porquê serão os indicadores do Ideb, se inclui ou não suas redes. É um debate importante”.

Essa iniciativa, completou o ministro, ganhou força com a proposta do Governo Federalista em reduzir juros de dívidas dos estados tendo porquê contrapartida a ampliação das matriculas na ensino profissional. “Lembrando que o Brasil tem 11% exclusivamente, e os países da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) têm de 35% a 37% (de matrículas na ensino profissional)”, pontuou Camilo Santana.

Rede cearense

A rede estadual cearense é formada por um totalidade de 512 Escolas em Tempo Integral, sendo 367 Escolas Estaduais de Ensino Profissional (EEEPs), 132 de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTIs), 12 Escolas do Campo e uma Escola Família Agrícola. Essas unidades de ensino estão distribuídas em 175 municípios com o atendimento de mais de 177 milénio alunos. Isso representa 75% da rede estadual funcionando em jornada ampliada.