Aguarde...

Anúncios

Uma vez que é ver Teddy Riner lutar - e vencer - as Olimpíadas em vivenda

Não é todo dia que temos a oportunidade de ver um desportista considerado o melhor de todos os tempos em seu esporte. E ainda mais lutando Olimpíadas. Em vivenda.

Mas foi isso que aconteceu nesta sexta-feira cá em Paris.

Teddy Riner lotou a Champs de Mars Estádio e fez a sarau do público ao permanecer com a medalha de ouro, a terceira dele em Jogos Olímpicos.

Mas o dia todo foi dissemelhante. Os ingressos para esta sexta no judô foram alguns dos primeiros a se esgotarem nas vendas. E nem a prelo tinha entrada liberado. Pela primeira vez, o judô era considerado "subida demanda". Ou seja: os jornalistas só entram se também tiverem ingressos, que são obviamente limitados e distribuídos pela organização.

Logo cedo, ainda nas eliminatórias, o ginásio já estava lotado. E muito, muito barulhento.

Todos os dias foram assim, é verdade. O judô é um dos esportes favoritos por cá, e os franceses são muito bons nele (já eram 7 medalhas conquistadas até o dia de hoje).

Mas já estava dissemelhante.

Era dia também de Romane Dicko, francesa número 1 do mundo no peso pesado feminino. E ela também contou com o grito de todos os presentes.

Mas o ginásio explodia mesmo com Teddy Riner. Ele foi a 15ª luta do tatame 2. E venceu logo de rostro Magomedomar Magomedomarov, dos Emirados Árabes.

A torcida explodiu.

Na segunda luta, vitória por ippon contra o georgiano Guram Tushishvili. E depois uma quase "treta" com o rival partindo para cima no final. A torcida ficou inflamada. Era porquê se passasse o recado ao georgiano que eles estariam ao lado de Riner se precisasse.

Mas a coisa mudou de figura mesmo na segmento da tarde francesa, na hora das finais.

É verdade que Bia Souza logo estragou a sarau sítio ao vencer Dicko na semifinal antes de disparar rumo ao ouro.

Mas a França tinha Teddy Riner. O ginásio abriu um bandeirão nas cores do país. Tinha muita gente com a camisa da França, muita gente de rostro pintada. As vozes eram uníssonas ao som de "Allez, Teddy" - "Vamos, Teddy" na tradução.

E ele foi! Deu um ippon em Temur Rakhimov, do Tajiquistão, na semifinal e outro em Minjong Kim, da Coreia do Sul, na final.

Todos estavam de pé. Todos gritavam. Todos batiam os pés e faziam muito estrondo nas arquibancadas de ferro.

Foi o êxtase totalidade.

Depois, no pódio, foi hora de todo o ginásio ulular a plenos pulmões o hino vernáculo.

Teddy é o maior da história do judô, possuidor de 3 ouros olímpicos e 11 títulos mundiais. Mas já está na período final da curso, pertíssimo de uma despedida. Talvez era a Olimpíada em que ele fosse menos predilecto, mesmo sendo em vivenda. Mas ele é dissemelhante.

Nenhuma luta dele "teve perdão". Teddy Riner domina seus adversários de uma forma inacreditável. Arremessa os melhores do mundo no soalho porquê se fossem iniciantes.

Por isso, ele é tão ídolo. Também por isso, a França parou para assisti-lo nesta sexta.

E nós, meros mortais, só precisamos mesmo aplaudi-lo.

Esse cláusula é uma releitura de:...

Veja também: