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Campinas quer esterilizar capivaras em seguida novas mortes por febre maculosa

A cidade de Campinas, no interno de São Paulo, informou, na última quarta-feira (2), que mais duas pessoas morreram por febre maculosa – levando o totalidade de mortes a cinco neste ano. Por isso, a gestão municipal pretende completar nos próximos dias um levantamento de capivaras na cidade, com o objetivo de esterilizar os animais para diminuir o risco de transmissão da doença.

O trabalho começou no último dia 21 de junho com a narração da população de capivaras em parques públicos da cidade. A narração identifica, além do número de animais, quais são machos, fêmeas, filhotes, os que estão em grupos ou solitários.

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“Pelo levantamento, foram identificadas 48 capivaras na Lagoa do Taquaral, 28 no Lago do Moca, 10 no Parque das Águas, 65 no Parque Ecológico, quatro na Lagoa do Mingone, oito na Lagoa do Jambeiro, e seis no Parque das Pedras, na região do Shopping D. Pedro”, informou a Prefeitura de Campinas em expedido.

Na próxima segunda-feira (7), será iniciado o levantamento na espaço de lagos da Rancho do Tropa. O lugar é visto uma vez que provável lugar de infecção de uma das duas pessoas que morreram recentemente pela doença na cidade. A previsão é que a narração de capivaras ligeiro cinco dias.

A Prefeitura explicou que o recenseamento é “necessário para o município obter junto ao governo estadual licença para promover a esterilização dos animais, medida que auxilia na subtracção do risco de transmissão da febre maculosa”.

“A esterilização evita não só o promanação de novos filhotes uma vez que a ingressão de novos membros no grupo e, com isso, a circulação da bactéria rickettsia, que infecta o carrapato”, explicou o veterinário Paulo Anselmo Nunes Felipe, da Secretaria do Verdejante de Campinas.

Capivaras em parque público de Campinas
Capivaras em parque público de Campinas / Carlos Bassan/Registro PMC

Mortes por febre maculosa

A cidade de Campinas confirmou, na última quarta-feira (2), mais duas mortes por febre maculosa. Em 2023, foram sete casos confirmados, com cinco mortes. No ano pretérito, foram 11 casos e sete mortes – a região de Campinas é considerada endêmica para a doença.

Em todo o estado de São Paulo, a Secretaria da Saúde informou que, até 3 de agosto, foram registrados 22 casos e 12 mortes.

Um dos mortos recentemente em Campinas é um varão de 46 anos, que morreu em 9 de julho. A Prefeitura de Campinas disse que o lugar provável de infecção fica em outro município, sem especificar qual. A região metropolitana da cidade é composta por 21 municípios.

A segunda morte foi de um varão de 18 anos, o soldado Jonatas Promanação Conceição, que morreu no dia 28 de julho, no Hospital Militar de Espaço de São Paulo (HMASP).

Veja também: Febre maculosa: o que é, uma vez que é transmitida e uma vez que se prevenir?

“No momento, há outros casos de militares da guarnição de Campinas com quadro suspeito de febre maculosa, sem seriedade, que está sendo tratado e escoltado com a adoção dos protocolos médicos previstos para o caso, em estreito contato com as autoridades de saúde do município. Todos os casos são informados via meio técnico para a Secretaria Municipal de Saúde de Campinas”, informou o Comando Militar do Sudeste em nota.

“As organizações militares de Campinas atuam de forma proativa e preventiva na emprego de recursos no combate à febre maculosa, seja na compra de repelentes a base de acaricida, antibióticos para a prevenção e tratamento de febre maculosa, compra de repelentes em gel e para ocupação em uniformes, muito uma vez que tem atuado prontamente na compra de carrapaticida, distribuição de repelente em gel”, acrescentou.

A doença

A febre maculosa é transmitida por um carrapato infectado do gênero Amblyomma sp., espargido popularmente uma vez que carrapato-estrela, que pode se hospedar em capivaras e em outros mamíferos.

A doença pode demorar até duas semanas para se manifestar em seguida o contato inicial e, conforme o Ministério da Saúde, os principais sintomas da doença são febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular manente, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas, e paralisia dos membros, que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões, causando paragem respiratória.

Para reduzir os riscos da infecção, os carrapatos devem ser removidos do corpo com desvelo, uma vez que orienta a médica infectologista Luana Araújo.

Caso a pessoa passe por áreas de vegetação, mato ou pastos, mormente próximas de cursos hídricos, onde há presença de cavalos e capivaras, deve permanecer atenta, por tapume de 15 dias, aos sintomas da doença.

Ao apresentar um destes sinais, a pessoa deve procurar imediatamente o serviço de saúde e informar que teve contato com o carrapato e/ou esteve com locais de risco, pois os sintomas podem ser confundidos com outras doenças febris agudas, uma vez que Covid-19 e dengue.

Não existe vacina contra a doença e não é verosímil expelir totalmente o carrapato das áreas de vegetação. A febre maculosa tem tratamento, mas o tratamento precisa ser iniciado precocemente com antibióticos apropriados.

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