Kaylia Nemour conquista primeira medalha da África na ginástica artística nos Jogos Olímpicos Paris 2024

Depois da primeira medalha por equipes para um país sul-americano na ginástica artística com o Brasil, a modalidade presenciou outro vestuário histórico neste domingo, 4 de agosto, nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Kaylia Nemour, da Argélia, conquistou a primeira medalha de um país africano na história da modalidade.

A desportista obteve zero menos do que 15.700 pontos em sua apresentação para prometer a medalha de ouro nas barras assimétricas. Qiu Qiyuan, da República Popular da China, garantiu a prata com 15.500. A norte-americana Sunisa Lee levou o bronze com 14.800 - o Brasil não teve representantes na final.

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Kaylia Nemour entrou na disputa cotada uma vez que uma das favoritas à medalha nas barras assimétricas. Na classificatória, ela conseguiu a melhor nota com 15.600 pontosmais de 0.5 supra da segunda colocada. Havia a expectativa, portanto, de que ela pudesse obter esse feito inédito.

Mesmo assim, havia momentos de tensão porque ela seria a sexta a se apresentar, logo depois da chinesa Qiu Qiyuan, que perdeu a final da Despensa do Mundo de 2023. Ou seja, um desempenho subalterno à rival poderia custar o lugar até no pódio, dependendo do desempenho.

A ginasta da República Popular da China até fez sua secção e conseguiu 15.500, melhorando substancialmente em relação à classificatória. Mas a representante da Argélia não se abateu e também melhorou seu desempenho. Cravando todos os elementos e a saída, obteve 15.700, já garantindo um lugar inédito no pódio para o continente africano.

Mas era questão de tempo para prometer também a medalha de ouro. Helen Kevric, da Alemanha, e Sunisa Lee, dos EUA (as ginastas que encerraram a final das barras assimétricas) não ameaçaram em nenhum momento a nota de Nemour, que esperou até o término para comemorar com a bandeira argelina nas costas.