Dia do Cultivador: porquê estas três empresas têm revolucionado a lavradio brasileira
Neste domingo, dia 28 de julho, é comemorado o Dia Vernáculo do Cultivador. A data, criada há mais de 50 anos, procura festejar a relevância deste profissional para a economia vernáculo.
Mais do que isso, a data também é um meio para valorizar a atuação dos trabalhadores rurais e associá-los ao desenvolvimento econômico em diferentes regiões. Não à toa, a lavradio, cuja participação no resultado interno bruto (PIB) vernáculo é uma das mais relevantes (mais de 20%, de entendimento com o IBGE), é também um meio de existência, geração de empregos e renda digna para muitas famílias.
Nos últimos anos, o setor agrícola encara uma verdadeira revolução no que diz reverência ao incremento tecnológico. O aproximação a novas tecnologias tem pautado a atividade agropecuária e, ao mesmo tempo, fomentado o surgimento de negócios que se dedicam exclusivamente à modernização do trabalho em campo.
É o caso das agtechs, startups do agro, que desenvolvem soluções específicas para o setor, e que hoje formam um passageiro próximo a 2 milénio empresas no país, segundo dados da Embrapa.
Tudo isso coopera para que o país tenha se tornado celeiro fértil para o surgimento e expansão dessas empresas, principalmente em regiões consideradas polos estratégicos para o agronegócio vernáculo. A história da startup Produzindo Manifesto, de Goiânia, é um exemplo disso.
Para crescer, a startup fundada pela engenheira ambiental Aline Locks decidiu explorar uma demanda crescente do mercado agrícola, solucionando um gargalo geral a muitos produtores: a escassez de práticas sustentáveis. Com a popularização do ESG ({sigla} para critérios sociais, ambientais e de governança), grandes fabricantes do agro têm buscado por fornecedores comprometidos com a correta gestão de recursos naturais e que atendam a requisitos de sustentabilidade.
Atualmente, a empresa goiana apoia produtores no caminho rumo à sustentabilidade, permitindo que adotem boas práticas ambientais e, em troca, sejam certificados por isso.
A motivação para a instauração da empresa, segundo a fundadora, veio da vontade de somar valor ao agro responsável e “transpor um pouco do olhar romântico que tendemos a ter sobre a sustentabilidade e incluí-la nas relações comerciais”, conta Aline Locks, CEO e fundadora da Produzindo Manifesto, que já monitora mais de 7 milénio propriedades e 8,2 milhões de hectares em 17 estados brasileiros, além de México, Paraguai e Argentina.
Empresas fabricantes de víveres são hoje a maior secção da clientela da Produzindo Manifesto, que também inclui tradings de grãos, empresas de tabaco, instituições financeiras, indústria de ração, empresas de insumos agrícolas, porquê fertilizantes, indústria da tendência e cooperativas agrícolas. Entre os grandes clientes estão Bunge, Cargill, Mars, e Bayer.
Além de estribar os produtores na adequação socioambiental de suas propriedades, a Produzindo Manifesto também se dispõe a estribar esses produtores rurais a ajustar suas práticas, num protótipo de assistência personalizada. Com isso, depois o diagnóstico inicial dos níveis de sustentabilidade, a empresa sugere adequações e elabora um projecto, em conjunto com o produtor, para melhorar cada questão considerada “fora da curva”.
Na visão de Locks, a Produzindo Manifesto tem contribuído para o progresso do agronegócio no país ao preparar produtores para contextos desafiadores e cada vez mais competitivos.
“Estamos impulsionando o agronegócio do porvir no Brasil ao incorporar a sustentabilidade nas relações comerciais, promovendo tecnologias inovadoras e escaláveis que permitam aos produtores rurais se adaptarem e prosperarem em um mercado global cada vez mais exigente”, afirma Locks. “Com nossa expertise e atuação, estamos ajudando a edificar uma lavradio mais responsável, eficiente e alinhada com as demandas ambientais e sociais do século XXI”, conclui.
Nos planos da empresa está agora a geração do primeiro consórcio de lavradio regenerativa da América Latina. Para isso, vai se unir com uma rede de parceiros para facilitar produtores na implementação de práticas regenerativas e, logo, conectá-los a empresas, universidades e entidades de pesquisa.
Decisões baseadas em dados
Para além da urgência por práticas mais sustentáveis, o progresso tecnológico do setor agrícola também tem evidenciado a urgência de uma atuação mais inteligente e responsiva. Nesse sentido, a estudo e adoção de dados para tomadas de decisões mais assertivas é um caminho.
É essa a filosofia que tem servido de base, há 20 anos, para as operações da Agrotools, startup de tecnologia e lucidez de dados para o agronegócio.
Fundada em 2003 por Sérgio Rocha, um executivo com vasta experiência no mercado de commodities, a Agrotools funciona porquê uma plataforma de lucidez de dados, cuja principal função é nutrir grandes corporações do setor com informações extraídas, em tempo real, sobre suas cadeias de distribuição.
Na lista estão indicadores porquê produtividade, risco climatológico e estudo de garantias para operações de crédito, por exemplo. Já do lado dos clientes, a agtech atende instituições financeiras, originadores agrícolas e pecuários, varejistas e empresas de food service, fabricantes e revendas de insumos, além de seguradoras.
A anseio da startup é fazer com que grandes empresas tenham não exclusivamente visibilidade sobre todas as etapas de sua enxovia de distribuição, mas também possam prometer que seus clientes finais estejam cumprindo certas normas ambientais e, assim, possam comprar commodities com lastro de sustentabilidade.
Essa estudo é feita a partir de uma extensa rede de satélites e sensores, responsáveis por monitorar milhões de hectares e correlacionar informações sobre o comportamento de uma determinada plantação e, assim, prever riscos climáticos ou financeiros (porquê os ligados à inadimplência de produtores em função de uma safra mal-sucedida).
“Nossa missão é transformar dados brutos em valor estratégico, permitindo que nossos clientes tomem decisões informadas e eficazes. Em todas as frentes de atuação, nossa primazia não é o oferecido pelo oferecido, mas sim a lucidez e a expertise que o acompanham, entregando assim soluções que realmente fazem a diferença”, afirma Lucas Tuffi, sócio e diretor de estratégia da Agrotools.
Hoje, a startup analisa mais de 4,5 milhões de territórios rurais e monitora R$ 15 bilhões em commodities. Outrossim, são mais de R$ 50 bilhões em financiamento rústico que contam com o suporte de ao menos uma das soluções da empresa, e tapume de R$ 100 bilhões em operações do agronegócio monitoradas no Brasil, Estados Unidos, Paraguai, Argentina, Austrália e Equador.
Identidade vernáculo
Enquanto grande secção das agtechs de destaque no mercado vernáculo se empenham em expandir suas operações para além das limitações nacionais, uma empresa com 40 anos de mercado tem adotado o caminho inverso. Trata-se da Caraíba Genética e Sementes, empresa da cidade de Rio Verdejante (GO), que mantém seu capital 100% vernáculo — e não pretende mudar isso tão cedo.
Fundada pelo agrônomo José Buffon, a Caraíba começou porquê uma pequena loja de defensivos agrícolas em 1973. Anos depois, passou a comercializar soja e milho depois uma compra feita há 15 anos. Nascia logo a Sementes Caraíba, hoje com atuação em grande secção do território vernáculo, com destaque para os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, São Paulo e Minas Gerais.
Avante da companhia estão a administradora de empresas Mariana Buffon, filha do fundador, e seu irmão, Felipe Buffon.
A executiva assumiu a operação da empresa goiana depois uma temporada de estudos fora do estado, num exemplo clássico de membros da segunda geração que retornam à sua cidade natal para tomar conta de um negócio familiar — e consigo traz inovações operacionais e novidade visão empreendedora. “Meu pai não perguntou, quando jovens, se queríamos estudar ali ou ir para fora. Decidi ir para São Paulo, mas é bom retornar às raízes”, conta Mariana.
A Sementes Caraíba trabalha com cultivo, produção, beneficiamento e comercialização de sementes certificadas de soja e milho. O foco está nos canais de distribuição, ou seja, os revendedores de sementes.
Já sob a marca Caraíba Genética, a empresa conta com um programa próprio de melhoramento genético dessas commodities. Por essa razão, secção dos ganhos da empresa vêm justamente dos royalties pelo licenciamento das sementes geneticamente modificadas. “A Caraíba Sememtes é hoje a principal cliente da Caraíba Genética”, brinca.
Em um mercado escravizado por gigantes agrícolas internacionais, porquê é o caso das sementes, a Caraíba se destaca ao mirar um faturamento de R$ 1 bilhão exclusivamente com a aposta na lavradio vernáculo, no apelo da genética e espeque aos talentos locais da ciência — a empresa mantém um laboratório próprio em Rio Verdejante e toda a pesquisas de melhoramento genético e trabalho de campo é feita por colaboradores da região.
“Sempre fomos instigados a valorizar o vernáculo, e o regional. Isso se reflete no nosso libido em continuar incentivando as pessoas daqui. Entendemos que hoje ainda temos muito a crescer porquê empresa, em nosso país”, diz.
(Texto de Maria Clara Dias)
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