Dia do Jurisconsulto: zero a comemorar | HiperNotícias
O Dia do Jurisconsulto, que acontece em 11 de agosto, deveria ser uma data de celebração e reflexão sobre a valia dessa profissão importante para a justiça e a democracia. No entanto, diversos acontecimentos revelam uma veras profundamente preocupante. Infelizmente, temos pouco ou zero a comemorar.
O Juízo Federalista da Ordem dos Advogados do Brasil tem se mostrado pateticamente subserviente ao Supremo Tribunal Federalista. Em vez de atuar uma vez que uma entidade independente e sátira, que deveria tutorar os interesses da advocacia e da sociedade, tem se desempenado cegamente às decisões do STF sem a mínima oposição. Essa postura compromete a credibilidade da instituição e destrói a nossa crédito.
O Provimento 222/2023 do CFOAB, também publicado uma vez que "Provimento da Mordaça", é um exemplo evidente disso. Uma tentativa de silenciar a Advocacia. Esse provimento paradoxal, antidemocrático, impede os Advogados de se manifestarem livremente, cerceando a liberdade de sentença e impondo restrições desproporcionais, indo na contramão da própria Constituição Federalista. Ao invés de proteger o recta à livre sentença da Advocacia - que tanto lutou para o Brasil ter esse recta - a OAB parece estar mais interessada em controlar e limitar nossas vozes, indo contra os princípios democráticos que deveria tutorar.
Já a seccional da OAB em Mato Grosso está triturada. O que antes estava quieto em uma só “panela”, não aguentou a pressão das brigas internas e “entornou”, transformando-se em dois grupos, “duas panelas” divididas, porém com o mesmo teor.
Para complicar um pouco mais, a Advocacia está cada dia mais em desvantagem em relação ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, quando constitucionalmente temos a mesma valia. A falta de paridade de forças, potencializada por essa OAB fraca, compromete nossa atuação e prejudica a resguardo da sociedade. A desvalorização das nossas prerrogativas é um revérbero dessa OAB omissa e subserviente, que precisa urgentemente retomar seu posto.
Mas nem todos estão insatisfeitos. Alguns poucos celebram. Enquanto a maioria dos Advogados fica à margem da Ordem, sem o escora necessário, outros deitam, rolam, se beneficiam e abusam da instituição. A OAB, que deveria ser a Ordem dos Advogados do Brasil, parece ter se transformado na Ordem "de Alguns" Advogados do Brasil, privilegiando poucos em detrimento da maioria. Na verdade, a sensação que temos é de que a OAB parece se lembrar de nós unicamente na hora de cobrar a anuidade. Essa postura fria e mercantilista distancia a OAB de sua missão original e contribui para a insatisfação generalizada entre nós.
Já passou da hora de renovação e mudança. A advocacia precisa se levantar e manifestar seus direitos, exigindo uma instituição que realmente represente nossos interesses e defenda nossas prerrogativas. O Brasil precisa de uma OAB poderoso, independente e comprometida com a justiça. A Advocacia precisa dessa OAB. E a OAB, colega Jurisconsulto e Advogada, precisa de você, para ser essa instituição que todos desejamos e merecemos. Assim, quem sabe em um porvir próximo, possamos festejar o 11 de agosto da forma uma vez que gostaríamos.
PEDRO PAULO PEIXOTO JR.
é jurisperito, professor universitário, presidente do IAMAT (Instituto dos Advogados de Mato Grosso) e líder da oposição à atual gestão da OAB/MT
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