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Governo cogita não reconhecer "vitória" de Maduro na Venezuela

Nos próximos dias, os governos de Brasil, Colômbia e México devem julgar a possibilidade de perfurar negociações entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição venezuelana, liderada pelo candidato presidencial Edmundo González Urrutia e María Corina Machado.

Fontes do governo brasiliano informaram ao jornal O Mundo que estão aguardando a apresentação das atas eleitorais por secção do governo Maduro, confirmando o resultado divulgado pelo Recomendação Pátrio Eleitoral (CNE) em 28 de julho.

Segundo essas fontes ao jornal, caso as atas não sejam divulgadas, o Brasil não reconhecerá a vitória de Maduro, mas também não romperá relações com a Venezuela. “Ficaremos com um vínculo estremecido”, indicaram.

Nesse cenário, a relação bilateral entre os dois países perderia intensidade, e o maior impacto ocorreria depois a posse de Maduro em 10 de janeiro de 2025, se o Brasil não tiver elementos que permitam reconhecer seu triunfo.

Ainda de combinação com O Mundo, fontes do governo brasiliano afirmam que, sem as atas, não haverá reconhecimento da reeleição de Maduro, mas o Brasil continuará a manter relações diplomáticas com a Venezuela, assim uma vez que faz com outros países onde não ocorrem eleições regulares.

No entanto, o Brasil também não levará em consideração as atas que a oposição venezuelana afirma possuir, ou o reconhecimento do triunfo de González Urrutia pelo Núcleo Carter.

O não reconhecimento de Maduro pelo Brasil, no entanto, não implicará em desamparo do país, uma vez que ocorreu em 2018, quando o governo de Michel Temer não reconheceu a reeleição de Maduro, ou em 2019, quando o governo de Jair Bolsonaro reconheceu o autoproclamado governo de Juan Guaidó. Desta vez, o Brasil continuará presente na Venezuela, mantendo relações políticas, econômicas e diplomáticas.

A relação bilateral entre Brasil e Venezuela só se deterioraria totalmente se o governo Maduro sentenciar expulsar o corpo diplomático brasiliano de Caracas, uma possibilidade que, segundo fontes, “não está no horizonte”.

Porém, o governo venezuelano tem expectativa de que o Brasil reconheça sua vitória, mesmo sem a apresentação das atas eleitorais.

O não reconhecimento da reeleição de Maduro também teria implicações nos processos de integração regional. A Venezuela poderia se tornar um travanca em projetos de integração uma vez que o Consenso de Brasília, lançado em uma cúpula presidencial em 2023.

A possibilidade de uma mediação entre as partes ainda está em desimpedido, dependendo dos próximos contatos entre os governos envolvidos.

Aliás, o recrudescimento da repressão na Venezuela é uma preocupação expressa pelo governo brasiliano, que considera essa situação um entrave para o progressão das conversas.

Fontes do governo brasiliano afirmaram não ter conhecimento de negociações entre Maduro e o governo dos Estados Unidos para prometer sua saída do poder sem perseguições, conforme divulgado pelo Wall Street Journal.

O Brasil, juntamente com Colômbia e México, continua apostando em uma solução negociada, embora as fontes reconheçam que o cenário atual é multíplice e o resultado dos próximos contatos será decisivo para instaurar se uma mediação é provável.

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