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Campeã olímpica eliminada e fora das medalhas - Surf

Aos 31 anos e em seguida cinco títulos mundiais e um título olímpico em Tóquio, na estreia do surf nos Jogos, Carissa Moore foi, esta madrugada de sexta-feira, eliminada nos quartos-de-final em Teahupoo. Uma roteiro frente à francesa Johanne Defay, que significou um ponto final de curso inglório e sem medalha em Paris'2024 para a lendária surfista havaiana, que compete pelos Estados Unidos.
Moore já havia anunciado que Teahupoo seria a derradeira competição da curso, depois de se ter retirado do rotação mundial em seguida as etapas inaugurais do ano, no Havai, fazendo ainda a lanço do Taiti, porquê wildcard, precisamente para preparar a competição olímpica. Só que um dia de ondas medíocres em Teahupoo e a inspiração de Defay acabaram por estragar o sonho de Carissa se retirar com a segunda medalha de ouro da curso.

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Uma jornada que já tinha sido marcada pela eliminação de Yolanda Hopkins nos oitavos-de-final frente à número 3 mundial Brisa Hennessy, depois de uma bateria muito ingrata para a surfista portuguesa.

Com os tubos longe do horizonte, os surfistas foram obrigados a apostar em manobras para aprazer aos juízes. Depois sete baterias de pontuações baixas, Yolanda entrou com tudo no heat 8 e encheu-se de coragem para colocar uma manobra muito vertical e arriscada numa zona mais sátira da vaga. Um tanto que lhe valeu a melhor vaga do dia até àquele momento, com 6,33 pontos.

Yolanda afirmava-se, assim, porquê uma das grandes candidatas às medalhas, em virtude do seu surf mais power e corajoso. Todavia, de forma quase milagrosa para a costarriquenha, que é originária do Havai, surgiu um dos raros tubos do dia. Além de ser a atual número 3 do ranking, Hennessy tem sido uma das melhores surfistas em tubos ao longo da temporada, tendo feito, inclusivamente, a final da lanço em Teahupoo, e um 3.° lugar em Pipeline. A adversária da portuguesa não desperdiçou a oportunidade caída do firmamento e virou a bateria, com uma vaga de 7,67 pontos.

Até final da disputa, Yolanda não conseguiu invertar a situação, acabando por ser eliminada, com 9,90 pontos totais, contra 12,34 de Brisa Hennessy. Apesar de não ter tido um score cocuruto, a prestação de Yolanda teria chegado para vencer cinco das oito baterias dos oitavos-de-final femininos, o que deixa perceber a fraca qualidade das ondas nesta jornada.

Ainda assim, a organização avançou com a prova, uma vez que as previsões não apontam para condições melhores até ao final da janela de espera, que encerra na segunda-feira. Dessa forma, ficaram já conhecidos todos os semifinalistas, com a grande surpresa a ser a falta de Carissa Moore dessa lista.

No lado masculino, Gabriela Medina venceu o compatriota João Chianca e vai ter uma final antecipada frente ao australiano Jack Robinson na segunda meia-final, enquanto na primeira o jovem surfista sítio Kauli Vaast, a competir por França, mede forças com a sensação do evento, o peruviano Alonso Correa.

França e Brasil são as nações melhor colocadas para as medalhas, uma vez que também têm semifinalistas femininas. Defay, responsável pela eliminação de Moore, vai enfrentar a norte-americana e campeã mundial em título Caroline Marks na primeira meia-final, enquanto na segunda a brasileira Tatiana Weston-Webb mede forças com Brisa Hennessy, que,  depois de expulsar Yolanda, venceu a brasileira Luana Silva nos quartos-de-final. Curiosamente, a segunda meia-final coloca frente a frente duas surfistas originárias do Havai, mas que optaram por outras nacionalidades durante o processo de qualificação para Tóquio, devido à grande concorrência existente na equipa norte-americana.

Meias-finais masculinas

H1: Alonso Correa (PER) x Kauli Vaast (FRA)
H2: Gabriel Medina (BRA) x Jack Robinson (AUS)

Meias-finais femininas

H1: Caroline Marks (EUA) x Johanne Defay (FRA)
H2: Tatiana Weston-Webb (BRA) x Brisa Hennessy (CRC)

O dia final em Teahupoo deverá intercorrer esta sexta-feira, ainda que as ondas não prometam estar perfeitas, ao nível da melhor imagem que Teahupoo já habituou. A grande atração será o duelo entre Medina e Robinson, que deixará antever a capacidade da estrela brasileira para chegar à tão ambicionada medalha de ouro.



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