Entidades industriais e do negócio divergem sobre manutenção da Selic

O pregão da manutenção da Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, em 10,5% ao ano, gerou reações diferentes das instituições ligadas aos setores de indústria e negócio do país. Enquanto para algumas a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Mediano representa restrições à atividade econômica, para outras, reflete a incerteza sobre o estabilidade das contas públicas.

Em junho, o Copom já havia interrompido a sequência de cortes de juros. Entre agosto do ano pretérito e março deste ano, houve redução jacente de 0,5 ponto percentual a cada reunião. Em maio, o golpe foi de 0,25 ponto percentual.

Veja os posicionamentos das instituições sobre a decisão do Copom:

CNI

A Confederação Vernáculo da Indústria (CNI) disse ser preocupante a manutenção da taxa de juros, por considerar que ela resulta em dispêndio cumeeira do crédito e restringe a atividade econômica brasileira.

“Esperamos que a Selic volte a ser reduzida o quanto antes. A retomada de cortes é fundamental para a redução do dispêndio financeiro suportado pelas empresas, que se acumula ao longo das cadeias produtivas, e pelos consumidores. Caso contrário, seguiremos penalizando não só a economia brasileira, mas, principalmente os brasileiros, com menos empregos e renda”, disse o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Firjan

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) entende que incertezas fiscais comprometem a redução da Selic e que a manutenção da taxa reflete um cenário de incertezas econômicas e pressões inflacionárias. A instituição defende que uma retomada sustentável dos cortes de juros depende diretamente do estabilidade das contas públicas. E que, por mais que refrigeração no Orçamento de 2024 tenha gerado refrigério, “a falta de uma agenda estrutural de golpe de gastos eleva o risco-país, desvaloriza a moeda lugar e deteriora as expectativas inflacionárias”.

FecomercioSP

A Federação do Transacção de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) defende que o Copom acertou na manutenção da Selic e que não havia margem para outra decisão. Segundo o órgão, há uma ensejo de câmbio pressionado, inflação em novidade aceleração e incertezas do cenário fiscal.

Para a FecomercioSP, o contexto pode indicar até a urgência de elevação dos juros, mesmo que pequena. Somente um posicionamento fiscal mais evidente do governo poderia mudar a situação.

CNC

A Confederação Vernáculo do Transacção (CNC) considerou a decisão do Copom prejudicial ao setor produtivo, por encarecer os juros. Mas disse reconhecer que, por desculpa da deterioração do quadro inflacionário, a medida é importante para a estabilização do cenário macroeconômico. A CNC destacou a subida das vendas no varejo, baixa taxa de desemprego a níveis históricos e renda disponível elevada, o que significaria solidez da atividade econômica e do mercado de trabalho. Por outro lado, reforçou que, apesar do progressão na arrecadação, o cenário fiscal continua gerando preocupações.

Força Sindical

A Força Sindical classificou porquê absurda a decisão do Copom. Disse que o país continua refém de interesses dos rentistas e que taxas mais altas de juros premiam os especuladores. Em nota, a instituição afirma que o Brasil perde outra chance de apostar na produção, consumo e geração de empregos. E que o pagamento de juros por segmento do governo consome e restringe consideravelmente as possibilidades de propagação do país, muito porquê os investimentos em ensino, saúde, segurança e infraestrutura.