Resguardo Social libera prédio três dias em seguida incêndio em apartamento, em Campinas (SP)

A Resguardo Social do município de Campinas liberou, na tarde desta terça-feira (27), o prédio residencial em que ocorreu um incêndio em seguida uma explosão, no bairro Botafogo, em Campinas, interno de São Paulo. Ao todo, 44 pessoas tiveram que segregar o prédio e 11 foram resgatadas de rapel, no último sábado (24).

Segundo a Polícia Social, o imóvel em que ocorreu o incêndio, que fica no primeiro caminhar, é do coronel do Tropa Brasiliano reformado, Virgílio Parra Dias. No sítio, foram encontradas armas e munições que podem ter causado o incidente.

A liberação ocorreu em seguida uma vistoria realizada junto com o Departamento de Uso e Ocupação do Solo (Duos) da Secretaria de Urbanismo. Somente o apartamento em que houve a explosão de artefatos continuará interditado e foi só com tapumes, segundo a Resguardo Social.

O coordenador regional e diretor da Resguardo Social de Campinas, Sidnei Furtado, afirmou que militares da Tropa realizaram uma varredura minuciosa e removeram todos os materiais considerados bélicos, levando-os para sítio seguro em superfície militar.

“A desembaraço do Tropa foi precípuo para que não houvesse mais nenhum resquício de artefato explosivo no apartamento e pudéssemos realizar a desinterdição do prédio. Desta forma, os moradores poderão retornar com segurança às suas casas”, afirmou o coordenador.

Em nota, a Prefeitura de Campinas afirmou que a Resguardo Social e o Duos estão acompanhando o caso e já haviam constatado que não houve danos estruturais à fundação.

Relembre o caso

Um incêndio atingiu um prédio residencial em Campinas por volta das 18h41 do último sábado (24). A explosão ocorreu no apartamento do coronel do Tropa Brasiliano reformado, Virgílio Parra Dias.

No totalidade, 37 das 44 pessoas que evacuaram o prédio tiveram que ser socorridas. Nenhuma das vítimas estava em estado grave, e foram encaminhadas para o Hospital Morada de Saúde e Unidade de Pronto Atendimento de São José.

A polícia apreendeu armas, embalagens contendo pólvora e espoletas, carregadores de munição e granadas no sítio. Os artefatos recolhidos podem ter sido a justificação do incêndio.

O coronel que armazenava os itens depois do incêndio e estava perdido até logo, Virgílio Parra Dias teria saído de vivenda e foi encontrado desmaiado no banco da rossio da Paróquia Cristo Rei, com um ferimento no pescoço, por Trajano Gonçalves dos Santos Diniz Junior, outro coronel reformado do Tropa Brasiliano.

O militar foi socorrido para o pronto-socorro do Hospital Santa Tereza, e transferido ao Hospital Municipal Doutor Mário Gatti, onde segue internado.

Nota Comando Militar Sudeste

O Comando Militar do Sudeste informa que, conforme legislação em vigor, Decreto Nº 11.615, de 21 de julho de 2023 e Portaria nº 166 – COLOG/ C Ex, de 22 de dezembro de 2023, o cidadão que possuir o Certificado de Registro (CR) de Caçador, Atirador ou Colecionador (CAC) pode possuir armamentos, munições e insumos em sua residência conforme o nível de autorização e a quesito de registro.

O atirador poderá comprar os insumos necessários para a recarga, desde que o totalidade de munições adquiridas e recarregadas não ultrapasse os limites previstos para cada nível. O colecionador pode possuir armamento e/ou munição inerte ou desmuniciadas (sem pólvora ou explosivos), devendo estar apostiladas no seu registro do montão. As coleções devem estar em locais de guarda com entrada restrito, e com condicionantes de segurança porquê paredes, piso e teto resistentes.

O montão permitido a cada Caçador, Atirador ou Colecionador é regulado pela Portaria nº 166 – COLOG, consoante com o Decreto Nº 11.615, de 21 de julho de 2023. Os CACs que já possuíam armamentos antes do Decreto em vigor, podem manter seus acervos baseados na antiga legislação.

Acerca do incêndio, ocorrido na cidade de Campinas/SP, que envolveu um militar reformado, foi instaurado um Procedimento Administrativo Sancionador para averiguar as condições do montão.